Como impor limites às crianças – Parte I

Como impor limites às crianças – Parte I

As crianças necessitam de limites. Mas nem sempre discipliná-las ou simplesmente dizer “não” é uma tarefa fácil. É importante que os pais adotem determinadas posturas e sejam capazes de equilibrar suas emoções e sua autoridade, expressando com clareza aquilo que deve ser feito. Existem diversas atitudes que podem ser tomadas e certamente ajudarão os pais nessa complexa jornada de educar os filhos com equilíbrio e bom senso.

  • Seja claro e objetivo. É comum os pais usarem expressões genéricas, como “comporte-se bem”, “seja bonzinho” ou “não faça isso”, porém isso pode dar margem a interpretações diferentes. Portanto, em primeiro lugar, é importante deixar claro exatamente o que deve ou não deve ser feito. Por exemplo: “Fale baixinho quando seu irmão estiver dormindo”; “Segure na minha mão para atravessar a rua”.
  • Evite conflitos interpessoais. Quando você diz ao seu filho “Quero que você guarde seus brinquedos e vá dormir agora”, está criando uma luta de poder pessoal com ele. Procure tornar as ordens impessoais. Experimente dizer “São 9 horas, hora de arrumar o quarto e ir para a cama”. Agindo dessa forma, você manterá os conflitos entre a criança e o relógio.
  • Autoridade com sensação de liberdade. Uma boa tática é dar às crianças uma liberdade de escolha, fazendo com que elas tenham uma sensação de controle sobre a situação, reduzindo sua resistência. Por exemplo: “Está na hora do lanche. Você prefere leite ou suco de frutas?”; “Hora de trocar de roupa, o que você prefere vestir?”.
  • Quando é preciso agir com firmeza. Às vezes a criança oferece resistência e é necessário agir com mais rigor. Nessas horas, os pais devem ser incisivos ao exigir que a criança pare com tal comportamento ou obedeça às suas ordens. Um tom de voz firme (sem gritos) e um olhar sério, não deixarão dúvidas de que ela deve obedecer. Já uma postura mais suave pode dar à criança a sensação de que ela tem a opção de escolher se vai obedecer ou não. Deixe a suavidade para ocasiões em que você apenas quer direcioná-la a tomar certa atitude. O equilíbrio está entre o tom suave e o tom autoritário.
  • Explicando os porquês. Entender uma regra é essencial para concordar em cumpri-la. Portanto, quando você impõe um limite a uma criança, é importante deixar claro por que ela deve fazer aquilo e quais podem ser as consequências caso ela não faça. Dessa forma, você estará ajudando seu filho a desenvolver valores internos de conduta e comportamento. Por exemplo: “Esse brinquedo é do fulano. Se você jogar no chão, ele pode quebrar, e seu amigo vai ficar chateado porque gosta muito dele”.